Sapiens Sapiens
Urso da Montanha
Trabalha duro,
certo,
sem fazer alarde.
Uma chance maior do futuro
transformar tua mentira em verdade.
Eu sei que urge,
arde,
e o tempo não passa…
estanca em cada rosto que surge
desenhando sonhos na cortina de fumaça
quando casares, Sara…
não terás mais a Joana,
não mais a cigana,
aquela que engana, que cura
que nutre.
reproduz-te e morre,
o tempo pela mão escorre,
a fome no olhar do abutre
Quando crescerdes observe o surto.
Prendem tua natureza,
insistem em nublar teus olhos
para não haver mais beleza
à beira do caminho.
E assim o homem se sentir sozinho
e que não tem amparo.
Para não confiar,
não olhar para o lado.
Um objetivo escraviza a tua força bruta,
a tua raiva, o teu falo ereto…
apontando para o céu,
ou mijando no sapato…
tudo certo, desde que saia um jato
de sangue.