Luas de Marte
Maia
Eu não brilhasse às
luzes da ribalta,
e no tablado a noite
avizinhasse...
em caixa alta um
pensamento urgisse
em tons maiores a
torná-la minha.
Despida de panos, de
medos abjetos,
inteira num espaço à
salvo dos anos.
No centro dos Planos
qual superfície
líquida em repouso,
repleta de gozo,
movimentos lentos,
a tez morena e gestos
tão excêntricos
que se propagam em
círculos concêntricos.
toque divino, desígnio
secreto
de um mero objeto
direto do acaso...
Atirado a esmo em
Deimos e Fobos,
no fogo aprisionado...
Evento inesperado do
destino.
Eu já fui guerreiro, e
fui bandido
e fui menino...
um exilado desse mundo
mercenário
em teus anseios, em
teus seios mergulhado
mal esperando despertar
uma fagulha
uma fumaça, uma
centelha ou mesmo brasa.
Um fragmento que te
permita incendiar
em outra vigília mais
amena...
minha casa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Diga ai...