À moda
Maia
Eu sou
aquele amante à moda antiga...
do tipo
que ainda arranja briga,
do tipo
que ainda manda flores,
do tipo
que ampara suas dores
e vê as
cores desbotadas dessa tela.
Eu sou o
do jantar a luz de velas.
Aquele que
sonha em tê-la
e sonhou
que estavas tão linda.
Acordou e
estavas vazia.
Nem
percebi tua partida
porque
vazia estava minha taça.
Completei-a
com sangue
e passei
de graça.
Sentei na
praça,
no mesmo
banco
daquele
jardim...
ninguém
esperou por mim
à sombra
do abacateiro.
Não
acabava o janeiro,
o mormaço
da minha jaula.
Não
acabava a aula, Rita!
Não
acabava aquela dita
e desdita
profecia.
Eu sou
aquele amante que partia
sem choro
nem despedida
e com
olhos no horizonte.
Embriagado
pela água dessa fonte,
algo que
nunca fenece.
Eu sou
aquele que
jamais
esquece!
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