O não aquilo
Maia
Já não sou gente,
Sou Maya...
Mestre supremo da ilusão
Que veio para reconfortá-la
Abre a janela e olha a lua alta
E no fundo da mente responde:
O que te falta? A luz pálida, etérea
Que ilumina as grades de tua prisão?
Já não sou gente,
Sou Maya...
Mero lacaio da ilusão
Que veio para conformá-la
O grande mentiroso, o zombeteiro
Senhor de putas e puteiros
A chafurdar na lama dos canteiros
Que suja, macula o teu tesão
Já não sou gente,
Sou Maya...
Grande palhaço da ilusão
Que veio para alegrá-la
Consulta o íntimo, o fundo do espelho...
Perscruta as minhas graças bobas, os meus conselhos
Ri primeiro da tua ingênua esperança,
antes de rir das minhas cabriolas de bufão.
Já não sou gente,
Sou Maya...
Mais uma vítima da ilusão
Que veio para atropelá-la.
para atropelá-la lá
ResponderExcluiré preciso que cada cá
pare de se estremecer
espezinhar a Iaiá
agonizar Zazá
até outro Pelé lelé
nao faz sentido ter nascido
tudo isso ter escolhido
e no final das contas, querido
querermos trancar as pontas
nao adianta atropelá-la lá
se ela já morta tá...
E já não és gente,
ResponderExcluirÉs Maya ...
e galgaste a ilusão
para, de cima, vigiá-la.
(... e colhê-la, para com ela fazer esse belo poema!).