Sonare
Maia
Em tua boca
a minha...
a boca...
a intensa privação de sentidos.
As linhas
mal traçadas dos teus gemidos...
o meu destino.
O tempo, clandestino,
escorrendo em gotas largas
pelo teu pescoço.
Inquietas mãos postas
pelas costas largas,
pelo teu dorso
rasgam véus.
Os teus pelos,
eriçados pelos meus apelos,
denunciam suaves intenções...
desejos secretos...
De amarrar ao pé da cama,
e ser objeto,
animal de estimação, escravo...
Cativeiro, privação...
apenas mais um parvo
no enredo lúbrico da tua ilusão...
Sacrificado ao teu deleite,
ao teu desfrute,
ao seu requinte.
O servo fiel do teu reinado...
Chama-te somente amor para ser de novo batizado!
Quente o teu corpo em meu corpo
ResponderExcluirTua boca atrevida
Percorrendo minhas curvas
Mãos sem limites
Desvendando caminhos
Derrubando fronteiras
Pudores rasgados por teu véu de Maia
Por teu corpo rijo no meu
Por tua invasão violenta
De meus recantos
Escancarado desejo
Despertado por teus sussurros
Por tua voz rouca
Em minha nudez,
Entrega em devaneios
Que te faz meu escravo
Rainha absoluta que sou,
De tuas vontades
De tua volúpia
De teu corpo ardente
Que me enloquece
De teus sentidos em combustão,
Fome voraz que me sacia
Que te envolve em minha teia,
Sedução explícita
Te rendendo aos meus pés.