Panariço
Maia
Certas noites o nada é
nada,
as emoções só
deslumbres da fada.
Noites em que o ar é
frio
o vazio me espreita no
quarto.
O vento diz:
"qualquer vadia esquenta a cama,
qualquer dose de scotch
acende a chama
e qualquer abraço é
bom amparo.
Já que o rosto do
inimigo não é claro
qualquer rosto amigo é
caro.
Certas noites o sono
não vem mais,
a menina diz jaz
e num dado instante
tudo é morto.
Qualquer olhada é
gesto,
qualquer banquete é
resto,
qualquer rosto não é
tela,
qualquer corpo não é
ela
e não resolve.
certas manhãs como
esta,
a solidão
é a bala do revólver...
e a ponta da lança...
Maya exibe sua
dança.
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