Ignotum per Ignotius
Maia
Nu,
a sós com minha dor,
contemplo o mundo.
Tantos blocos de concreto,
conceitos que são abstratos,
desejos abjetos,
Objetivos constantes.
Das cinzas às cinzas,
Pó à pó
acumulado...
ilusões para todos os gostos,
tristezas para todos os lados.
Multidões de solitários
e muita pouca solidariedade...
Há sempre o que fazer...
Há sempre que lutar...
Não há descanso...
Um momento de trégua
para os pés descalços.
Despido da vaidade,
contemplo mudo...
Ao largo da verdade
e da mentira,
que é tua a culpa que te pune,
que é tua a pena que expias
e que segues
a curtir o mal que te crucias
sem queixas.
Quem sabe assim
a tal felicidade
aproveite a deixa,
e deixe algum recado.
Que farei dos meus,
se Cristo já lavou
todos os pecados?
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