24.1.07

A Praça do Cantor
Rubem Garcia - O Coringa


Sou mais um que não reclama da vida...
Homem que não tem rancor.
Sorte, dor, amor e gozo...
no salto da porta bandeira.
Sorte, dor, amor e gozo,
no susto de uma tarde inteira
naquela praça.
No cinza de um olhar distante daquela praça.
Famílias entretendo os filhos naquela praça...
Eu penso e passo o desatino...
E sou mais um que não reclama da vida...
homem que não tem rancor.
Que não sai de onde veio,
ainda que um senão o afasta.
Que não sai de onde veio,
um Sol a meia luz, já gasta
naquela praça!
No cinza de um olhar distante daquela praça!
Famílias entretendo os filhos,
naquela praça...
eu tenso e a vida passa ao longe,
naquela praça...
prum samba que me convidou!

1.1.07

PREMISSAS
Rubem Garcia – o coringa

Pura preguiça de pegar um pote,
Para por as pedras do porto...
Puro o punhal para pouca pena,
Pintam as parênteses no ponto,
Prevejo primeiro encontro,
Planejo próximação.
Premeditada penetração...
Prognóstico pós preparado,
Punhos propensos,
Premonição...
Primeiro dia do ano,
Primeiros planos,
Precisão predileta.
Primeiro pagão no palácio,
Lacraia de pasto,
Penetra de festa...