19.7.12

Fantasma

Maia


Eu sou o que não tem jeito.
Defeito...
o que não tem hora.
Demora
e não é perfeito,
refeito...
constrito em mora.

Eu sou o que goza fora.
Agora,
não sou o sujeito.
Direito
tenho à desforra...
Aforas
da dor no peito.

A sombra que te apavora...
Quimeras
de que sou feito:
O despeito
de quem me ignora...
A ira
de quem rejeito.