8.4.21

Sereia

Sereia
Urso da Montanha

Na areia da praia... Sereia me arrasta
Me acende, me afasta... Da dor que não passa.

Nas ruas frias duras de concreto
Portas abertas caminhos desertos
E por não saber o fim eu grito
E por não caber em mim o infito
Fecho os olhos pra encontrar

Na areia da praia... Sereia me arrasta
Me acende, me afasta... Da dor que não passa.

Um outro esquema que morreu por medo
E que se achou ser o maior segredo
Mas que foi amor sincero e muito claro
E por ser amor, em si, é fato raro
Há que se reconhecer

Na areia da praia... Sereia me arrasta
Me acende, me afasta... Da dor que não passa.

Lava o meu peito no estrondar das ondas
Leva os pecados, crenças moribundas
E eu vou nascer de novo em vossas águas
Dentro de um novo amor livre de mágoas
Janaína, Iemanjá...

Na areia da praia... Sereia me arrasta
Me acende, me afasta... Da dor que não passa.

20.2.21

Inside, nothing.

Inside, nothing

Urso da Montanha


Tem que ter velocidade.

Tem que ter disposição...

ostentar um corpo fit,

se livrar do body fat,

um temperamento light,

ornado de um novo look.

Inside, nothing...

as anyone all around.


Tem que ter mais vaidade.

Tem que ter opinião

dentro do seu mindset,

firmando o standpoint,

contrapondo seu judgment

realçando seu maleffect.

Inside, nothing...

no warm, no sentiment.


Tem que saber a verdade.

Tem que escutar a razão...

renunciar qualquer intent

e disfarçar com attitude

o que custa to make your move.

Inside, nothing...

just fulfill the role.

26.1.21

sapiens

 Sapiens Sapiens


Urso da Montanha


Trabalha duro,

certo,

sem fazer alarde.

Uma chance maior do futuro

transformar tua mentira em verdade.


Eu sei que urge,

arde,

e o tempo não passa…

estanca em cada rosto que surge

desenhando sonhos na cortina de fumaça


quando casares, Sara…

não terás mais a Joana,

não mais a cigana, 

aquela que engana, que cura

que nutre.

reproduz-te e morre,

o tempo pela mão escorre,

a fome no olhar do abutre


Quando crescerdes observe o surto.

Prendem tua natureza,

insistem em nublar teus olhos

para não haver mais beleza

à beira do caminho.


E assim o homem se sentir sozinho

e que não tem amparo.

Para não confiar, 

não olhar para o lado.


Um objetivo escraviza a tua força bruta, 

a tua raiva, o teu falo ereto…

apontando para o céu,

ou mijando no sapato…

tudo certo, desde que saia um jato

de sangue.