5.3.16

Pra boi dormir

Maia

Quando ela quer
A gente dança, canta, improvisa.
Do jeito que puder
Ela garante que avisa
A hora certa de chegar.

Tempo estranho num mar
De tantas vicissitudes.
Há quem escolha viajar,
Consegue encontrar similitudes
Em atitudes tão díspares...

Ilusões que vêm aos pares,
Emoções tão dispersas
Flutuando em novos ares
Ao longo dessa conversa
O conflito nos engole

Nao há o que nos console
Muito pouco para sorrir
Na pausa para o reclame
E é tudo conversa mole
Daquelas pra boi dormir.


3 comentários:

  1. buscam sombra e água fresca
    buscam abrigo
    buscam o graal, o crau
    o pau de amor
    e de quebra, uma nesga de riso
    só pra fazer frente
    às ilusões de tempos idos
    dourando pílulas
    matando células
    custando cédulas
    e a paciência nas trevas
    aos bois dormidos...
    novos nomes
    novos adjetivos
    sonham sem desconfiar
    que o sol que passou por aquela peneira
    é barro de ribanceira
    já nasceu perdido

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    1. Aquele que nasce perdido
      Carece de se encontrar
      E por teimar a vida do inteira
      O barro desce a ribanceira
      A lama chega no rio
      Do rio segue para o mar
      Sem se aprumar na eternidade
      Das almas de eterno grito
      A minha, só quer calar!

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    2. Aquele que nasce perdido
      Carece de se encontrar
      E por teimar a vida do inteira
      O barro desce a ribanceira
      A lama chega no rio
      Do rio segue para o mar
      Sem se aprumar na eternidade
      Das almas de eterno grito
      A minha, só quer calar!

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