29.6.15

Barba Azul

Maia

Sempre chove
pelo caminho
quando não quero ir.

Prefiro partir Sorrindo.

Não convertas
em lágrimas
o teu rancor,
ou a tua dor
mais enraizada...

Quando me vires partindo.

Vives o teu momento,
Enfim...
De continuar sem mim...

Como sempre.

Limpa teu campo,
e me apaga
da tua pele.

Lembre bem
o que te fez
o meu amor...

E enterre
a tua dor
com ele....

19.6.15

Jesus! Everybody hates Christ...

Maia

Ódio racial, Religioso...
Pedradas na cabeça
Do tinhoso,
Do cão.
Quem se vale
De corromper
Exús
É a intenção
Do sacerdote...
Seja católico
Apostólico
Romano,
Ou zelote,
Macumbeiro,
Mulçumano.
Alimentando
Humano ódio
Acumulado a anos...
Exterminar a diferença,
O livre arbítrio,
A livre crença...
Recalques
Nos dados estatísticos
Da livre imprensa
A justificar os crimes.
E nome de um Deus pai
Todo poderoso
Que nos oprime,
Nos escraviza...
Conceito,
Valores das igrejas
Que a divindade
não compartilha.

17.6.15

Amaralina

Amaralina

Maia

Minha casa tem
O tamanho do meu momento.
Minha alma
Em tudo que há por dentro,
Mente sana,
Reflexo vão.

Minha casa é minha mãe,
Meu pai,
meu amigo,
Meu irmão...
Todos os que carrego
No peito.

Minha casa
Tem vista pra vida
Que precisa ser vivida,
Que precisa ser vista.

Está ausente
O que falta
Na minha casa modesta...

16.6.15

Te perdes por sonhar
Maia

Não posso te dar
o que não tenho em mim.
Desculpe, amor,
mas sou assim...
senhor do impreciso,
servente do incorreto,
secretário do ilícito,
um poço de suplícios...
qualquer adjetivo
Me é correto...
Perdoe ser tão abjeto,
e pouco objetivo,
e por não ser o objeto
do verbo transitivo direto
amar.