30.8.07

Ergo Cogito Cogito

Rubem Garcia – O Coringa

As ruas ficam estreitas...

As frases desfeitas...

As vozes veladas,

As portas seladas,

correspondência violada...

Outra página virada

numa varanda distante...

Janela de antiga amante.

Efêmero quociente - mero inconsciente

coletivo...

Janelas abertas - a vida ao vivo...

as Ruas ficam desertas...

sunt?

logo cogito...

20.8.07

Argos

Rubem Garcia – O Coringa


Sou o mar que me Navega...

sou a fonte... sou a tela...

sou a onda que vaga... cega...

sou comadre na janela,

um requebro de Nêga,

Um Paulinho da Portela...


Meu leme virou história

Mesmo que me cure a bebedeira,

Será minha a fortuna simplória,

Um barraco sem eira nem beira.

É meu lema coberto de glória...

"Bobagem pouca é besteira..."!

3.8.07

Onde vazou frio no aquecimento

Rubem-Garcia – O coringa

Reserva de mata é morte lenta.

Calor Humano destrói o planeta.

Ensinando-nos o consumismo sustentável

a mídia se isenta...

Não importa a data,

Não importa a culpa…

Mesmo que haja cura,

A vontade é falha,

e próprio do homem

discutir migalhas,

em pontos minúsculos

Se perderem todos os esforços,

Os danos são nossos,

Santos e profetas,

Postos ao alcance,

Na melhor oferta.

A reserva de mata é mesquinha,

Não é escolha alguma.

Sombra de peneira

a enganar os tolos,

e ensinar aos filhos

a maneira certa de perpetuar a espécie.