19.6.13

Em que você acredita?

Maia

Circunstâncias
suspeitas
ocorrem nas vielas,
ou morrem na sarjeta?,
Mas bem acima da treta,
acredita em pensar nela?
O que te vem a cabeça
se na hora H da caça
a vítima lhe atropela,
um ladrão antecipa a colheita,
a coisa se ajeita
e você se ferra?
Ainda se pega pensando nela?
Em becos, em bicas, em prantos...
A crença largada nos bancos
sustenta a catedral vazia.
Dos coros restaram os ecos,
por horas
sobraram planos
e da soma dos novos anos...
em quê você acredita?

1.6.13

Que encontro no mundo?

Maia

Tanta palavra a ser dita
e a infinita
necessidade
ficou calada...
Travada
pela língua adormecida,
pela velocidade.
Dois raios
trouxeram a tempestade
e sua vontade mal foi saciada...
Minha vontade
ficou pela tela fria...
Porque cabia dizer
e não foi dito...
pelo martírio,
pelo sacrifício,
pelo sacrilégio...
Pelo vício
desses modernos
amores malditos