Diálogos de MaIa

Herdei o verso dos bêbados... Pari o verso dos párias matei o verso da cátedra, e na Catedral, das Cinzas renasci...

25.5.06

Baralho do Coringa

Velho remanso,
terra cultivada,
minha engrenagem enferrujada,

No tear das parcas,

Meus parcos gostos na vida…

Baralho velho guardado num canto,

Cingiram-lhe o véu,

Roubaram-lhe o manto,

Verteram lágrimas damas áureas em pranto,

Pois o coringa ia pastar o cio de novas madrugadas,

Alvíssaras breves em Pasárgada,

Terra sagrada, errante e rara,

Selva mais bárbara, metrópole glamourosa…

Reina majestosa, às margens do atlântico,

Escravo titânico,

Não entremos em Pânico,

Não há porque se assustar,

O Coringa suga,

De toda dor o veneno,

De todo vinho o sumo,

De todo frasco pequeno,

A perfídia capaz de matar…

Extraída da fera anti-ofídica,

Da dureza analítica,

A nudez sifilítica,

E toda malícia

Do cão de polícia,

Pra te militar.

Postado por Rubem Garcia às 03:13

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