26.3.11

Tá ficando
(atoladinho)

Maia

Paga o que te faltas em moedas
e não tentes comprar com favores.
Pouco importa quem ouve suas dores,
outras as cores,
outra era a festa
Se cansou de viver do que resta,
de ver pela fresta
esse mundo mesquinho...
Onde vizinho odeia vizinho
e paga na rede por tanta carência.
Compensação para o que te pesa
ou que não pensa...
mas cedo ou tarde bate na porta.
O fantasma da natureza morta,
do seu passado,
com o jogo de dados
do teu destino.
Sorriso de um cinismo cretino,
fixo nos lábios,
conselhos sábios,
palavras tolas,
e planos desfeitos...
mãos postas no derradeiro leito,
a sós com teus defeitos,
com teus desmandos
aguarde de um derradeiro comando
pois só te resta arrumar a bagunça,
arrancar pele de onça,
largar o peso do medo todo,
do mundo inteiro...
viver à procura de dinheiro
preso no lodo,
atoladinho...

Um comentário:

  1. Largar o peso do mundo
    e o peso do medo
    primeiro passo
    lágrimas em olhos rasos
    o aperreio atômico
    e a ciência do arremedo
    a nova emalagem de leite
    que desmama a vácuo
    e despacha a jato
    o peso do risco
    prisco ouro de tolo
    só quem quiser que se engana
    mingau de sangue na aveia
    jato de sangue na areia
    Copacabana

    ResponderExcluir

Diga ai...