3.8.11

A Marcial

Maia


Já estive em dias de disputas
e noites de consenso formado.
Já houve lutas em que fui o general,
noutras nem soldado raso.
Ficará fácil entender o meu caso
se apelarmos para o passado:
para revelações bombásticas
notas de alto impacto;
melhores momentos que não cabem num compacto;
flashbacks preenchendo alguns hiatos,
colorindo meus momentos de falta de tato.
Não me interpretes mal... mal não lhe faço...
Não finja estender a mão enquanto tenta apressar o passo
rumo ao descompasso do seu coração.
Qquem não consegue fugir da solidão
vai,cedo ou tarde, encarar a fera.
Saber que ela cala fácil, fala macio mas bate à vera...
Deixa os sentidos no chão
deixa hematomas, deixa sequelas...
manchas que Omo não tira,
outras que o tempo leva...
e tudo vira tudo de novo.
Começo sobrepõe-se ao fim
e um mais afim manda no jogo...
quando é bem pago, quando é bem rico,
vence sem rogo: na sorte ou no roubo...
Pouco importa!
A lua já vai alta e a noite é morta...
Suspiros do fundo d'alma.
dá hora mais clara da calmaria
quando nenhum vento sopra.
A melodia é absoluta
sem mão qualquer para segurar a batuta
o universo se rege

2 comentários:

  1. Gira o caos do mundo em meu peito
    De longe o enxerga meus olhos
    Se contorce o estomago
    Que encara a morte,
    Desafia a vida,
    Beco sem fim
    da solidão escancarada no espelho,
    Reflexo que aparta, se aparta
    Da loucura do mundo,
    Vazio que não lhe pertence,
    Tentativas que são
    Mais do que resenhas de livros, poemas,
    Perfurada por música extrema
    O Drama domina os sentidos
    O caos do mundo,
    A vida como doença assassina de almas,
    Assalto na espreita
    Em luta com minha serenidade,
    Combate dia a dia,
    Frente a frente comigo,
    Diálogos de Maia
    Com minhas sombras.

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  2. Solidão, quem nunca provou?

    Saudades menininho...

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