6.10.11

Luas de Marte

Maia

Eu não brilhasse às luzes da ribalta,
e no tablado a noite avizinhasse...
em caixa alta um pensamento urgisse
em tons maiores a torná-la minha.
Despida de panos, de medos abjetos,
inteira num espaço à salvo dos anos.
No centro dos Planos
qual superfície líquida em repouso,
repleta de gozo, movimentos lentos,
a tez morena e gestos tão excêntricos
que se propagam em círculos concêntricos.
toque divino, desígnio secreto
de um mero objeto direto do acaso...
Atirado a esmo em Deimos e Fobos,
no fogo aprisionado...
Evento inesperado do destino.
Eu já fui guerreiro, e fui bandido
e fui menino...
um exilado desse mundo mercenário
em teus anseios, em teus seios mergulhado
mal esperando despertar uma fagulha
uma fumaça, uma centelha ou mesmo brasa.
Um fragmento que te permita incendiar
em outra vigília mais amena...
minha casa

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