11.2.10

Volta à Unidade
(a paz)
Maia

Jura e perjura
Falta de sentido
Em qualquer conjuntura
Toda a mentira
A face obscura
A farsa a força
A procura...

Três sentidos rotos,
Três desejos mortos
Três milênios
Fogo de constelações
Extintas pela
Luz de fogo fátuo
A sombra de um aborto
A sobra de outro parto
A partida

Prato em que cuspiste
Com nojo e desprezo
Culpa que vestiste
Nesse pesadelo
Véu que retiraste
Venda dos meus olhos
Ilusão de ótica
Fé microbiológica
Cegueira mitológica
Audaz...hipnótica

Três desejos novos
Três vezes expostos,
Três futuros,
A estrada se abre
Rente a rua velha
Onde está o muro
Em que te equilibras
Agora eu peso ouro
Em outras libras...

Para vencer o medo,
Mais tarde ou mais cedo
Ou sair da roça
Não ser mais ingênuo
Imune à crueldade
Livre do veneno
De tantas picadas.
Vou fugir pro mundo
Para perto do meu povo
Vou nascer de novo
Perto de olhares mais amigos.

3 comentários:

  1. Nascer de novo é sempre uma fase, aqui você tem um olhar amigo, bela poesia como sempre poeta, beijos.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. sair da roça
    sair da poça
    sair da fossa
    com muito estilo
    e raça
    com muita bossa
    vamo-nos, porém vestidos
    investidos de coragem
    à caça
    ponto mais alto
    vamos tomar de assalto
    o bolo e suas fatias
    tudo o que é de direito
    e esquerdo
    vamos de rasgadas alegrias
    no carnaval que virá
    com toda força
    entrar de sola
    de poesia toda
    e o resto que se foda.

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