6.4.10

Quebranto
Maia
procuro estar presente
pouco importa quem parta
ou mesmo quem fique
matendo a cabeça à flor d'água
alheio ao barco naufragado,
quimeras que foram a pique
atento ao fio da razão
sondo no espaço imenso
o rosto do Ser eterno
a luz da clarividência
para me despertar
deste meu inferno
e planto novas sementes
explosões de supernovas
por todos os cantos do universo
rompendo velhos grilhões
dos medos encadeados
que emudeceram meu verso
meu passo vai a outro campo
eu luto em outras trincheiras
em terras cinzas de verde pasto
o fim do meu pesadê-lo
quero mais sossego
a meus olhos gastos.

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