11.9.10

Nenhuma Eternidade

(Unveiled Isis)


Maia


Ainda seja cedo, por mais tarde que pareça,

quando se revelar a verdade

e todos os mistérios esclarecidos caiam

como incertos futuros do pretérito,

ou míseros fatos do passado.


Seja assim como uma benção,

uma unção da derradeira liberdade:

estarão os olhos da humanidade abertos,

o inconsciente coletivo finalmente acordado

e o espirito não será mais obra do imaginário.


Esteja viva, flamejante, ardente,

a luz divina que lhe saltar aos olhos.

O novo ciclo lhe venha doce... plácido,

me venha, então, pleno... mágico

e os destinos todos se cruzarão no espaço

em novos os lares, os sonhos reformados,

imóveis pré-moldados adquiridos à prestação

e meu lugar no bonde da ilusão foi ocupado...


Mas esteja o meu caminho

um tanto acidentado, sombrio, sozinho,

e a solidão seja apenas uma pista...

que toda dor deve ser paga a vista

e o irmão, logo ao lado, também é solitário.


Seja decretado o fim dessa agonia

e minha estrada fria, a vida, não termine nesse rio.

Do pilar desse vazio se erguerá a ponte

e em júbilo há de acudir o povo...

aos borbotões, eufóricos, embriagados,

a festejar o regresso do filho pródigo.


Seja fundamental o teor dessa sentença,

que nenhuma dor, descrença, apatia ou feitiço

e, sobretudo, nenhuma eternidade

tenha a capacidade de impedir o crescimento

ou mesmo calar a alma


Um comentário:

  1. fala, a alma
    é falso, o alarme
    arapuca de arame
    a calma é arma
    acalma, cabeça solta
    que todo bode encontra faca
    no veio da vida
    de fé, amor e raça
    sangra da jugular
    pra dentro da cabaça
    vem untar a cabeça
    vem juntar o Oxú
    e vamos sempre
    na força do nosso Axé

    ...&lembrar, sempre que der
    que uma esquina errada
    não quer dizer fim de caminho
    e que ninguém está sozinho

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