27.7.10

Silêncio
(Ânima)

Maia

O bem e o mal residem em nós,
seus conflitos provocam medo,
mas no degredo se constata:
A alma mesmo calada...
é uma voz.
Se a mudez for desespero,
se o novelo com que me embaraço
não tiver mais fio da meada,
ainda assim a alma é uma voz.
Mesmo que o tempo conspire
e todos à volta pareçam tão firmes,
intactos, inabaláveis.
Mesmo que a correnteza me arraste,
o vento carregue a bruma
e revele a forma do meu algoz...
É fato
que nada muda...
A alma mesmo calada
continua sendo uma voz.

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