10.6.11

Sonare

Maia

Em tua boca
a minha...
a boca...
a intensa privação de sentidos.
As linhas
mal traçadas dos teus gemidos...
o meu destino.
O tempo, clandestino,
escorrendo em gotas largas
pelo teu pescoço.
Inquietas mãos postas
pelas costas largas,
pelo teu dorso
rasgam véus.
Os teus pelos,
eriçados pelos meus apelos,
denunciam suaves intenções...
desejos secretos...
De amarrar ao pé da cama,
e ser objeto,
animal de estimação, escravo...
Cativeiro, privação...
apenas mais um parvo
no enredo lúbrico da tua ilusão...
Sacrificado ao teu deleite,
ao teu desfrute,
ao seu requinte.
O servo fiel do teu reinado...
Chama-te somente amor para ser de novo batizado!

Um comentário:

  1. Quente o teu corpo em meu corpo
    Tua boca atrevida
    Percorrendo minhas curvas
    Mãos sem limites
    Desvendando caminhos
    Derrubando fronteiras
    Pudores rasgados por teu véu de Maia
    Por teu corpo rijo no meu
    Por tua invasão violenta
    De meus recantos
    Escancarado desejo
    Despertado por teus sussurros
    Por tua voz rouca
    Em minha nudez,
    Entrega em devaneios
    Que te faz meu escravo
    Rainha absoluta que sou,
    De tuas vontades
    De tua volúpia
    De teu corpo ardente
    Que me enloquece
    De teus sentidos em combustão,
    Fome voraz que me sacia
    Que te envolve em minha teia,
    Sedução explícita
    Te rendendo aos meus pés.

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