25.9.11

Panariço

Maia

Certas noites o nada é nada,
as emoções só deslumbres da fada.
Noites em que o ar é frio
o vazio me espreita no quarto.
O vento diz: "qualquer vadia esquenta a cama,
qualquer dose de scotch acende a chama
e qualquer abraço é bom amparo.
Já que o rosto do inimigo não é claro
qualquer rosto amigo é caro.

Certas noites o sono não vem mais,
a menina diz jaz
e num dado instante tudo é morto.
Qualquer olhada é gesto,
qualquer banquete é resto,
qualquer rosto não é tela,
qualquer corpo não é ela
e não resolve.

certas manhãs como esta,
a solidão
é a bala do revólver...
e a ponta da lança...
Maya exibe sua dança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diga ai...