9.9.11

Um corte no olho
(Eu não tenho essa ética!)

Maia

Da intolerância ao crime...
Do crime
para qualquer encruzilhada.
Bota um ebó,
desata o nó,
corta à navalha
e a carne cortada,
o sangue na lâmina,
a flâmula que agitas,
a bandeira que levantas
Só a tua ligeira impressão,
mais nada.

Da Ignorância ao crime...
Do crime
para qualquer banco de praça.
Toma um goró,
desata o nó
dessa gravata.
A pressa te envenena
com gordura saturada
e teu coração infarta.
Só a merecida consequência,
mais nada.

Do crime ao castigo
e do castigo
à apreciação do bom ladrão.
A quem compete
julgar mortos e vivos
no dia do juízo...
A mim não!

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