20.3.12


Supernova de incertezas

Maia

Rasgando ecos da vida
os restos do sonho que fomos
e os rastros de mal espalhado
a bagunça para todo lado
o enfado
o abandono
do resgate de um mundo sem dono
de um gato de rua
de um cachorro sem sono
ganindo pra lua
queixoso de uma culpa
que era toda sua
e que não quer mais
hesitando a cada passo
por não mais ter ais
por não mais ter choro
nem vela

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