18.12.09

Cada vez mais vagabundo
- MaIa -

Sambando na lama,
Com meu passo bêbado,
Conheço a glória,
Prevejo a vitória,
Alimento um alento,
Mas sigo caindo ao sabor do vento...
Sambando na lama,
Cambaleio sínico,
Serpenteio furioso
De curioso o olhar que me perscruta,
Surdo esse olhar que não escuta
Meu lamento...
Mas lanço cabriolas ao sabor do vento
Sambando na lama,
Esse humor ferino,
Canceroso,
Gargalhando do próprio desgosto,
Necrosando a ferida, o nervo exposto
Sem sustento...
Há tantas piadas morrendo no vento...
Sambando na lama
Cada vez mais vagabundo,
Meu mundo espera a beira daquela cama,
Aos pés da única Dama,
Cachorro sarnento...
Vai juntar as migalhas e plantar no vento...
Esperar a colheita...
Ainda há tempo!

Um comentário:

  1. sendo vagabundo no salto do tempo
    agente muda a cor do pensamento
    sambando na lama ou sei lá onde
    agente muda agente
    e o que é a realidade
    senao uma maneira
    de enxergar a verdade?

    deixemos todo o mal e seu bemol
    sustenta o sustenido no gogó (Gogol)
    ousadia na ponta do nariz
    o resto virá nem que seja por um triz

    axé!... e um ano novo muito feliz!

    ps. nao esqueca de mudar lá a parada no blog q eu te pedi, mizifiz...

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