8.2.15

Que não reclama da vida
(o ponto final)
Maia


Melhor esquecer
que não consigo
me aquecer
em tudo que está perto
evocar
outra existência
renascer
novo universo

a hora mais exata
da pura aritmética
um calculo mortal
limita meu verso
venda meus olhos

pedra que cantei
de variados modos
outras tantas noites

deu tempo de correr
mas me pegou de açoite
um rastro de estragos
seculares danos
mais um trago
e um tango
cantado entre estranhos

celebrai a madrugada
todos loucos
afoitos para dizer
que tudo mais é pouco
e o resto é sobra

pimenta na boca dos outros
logo vira carnaval na obra
manobra de caça jato
até um rato
me pediu socorro


dias que mato
morro

mas não me comovo

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